
A pílula orforglipron da Eli Lilly demonstrou ser mais eficaz que o Ozempic, com uma perda média de peso de 7,9% em comparação aos 6% do Ozempic. A empresa planeja solicitar aprovação regulatória para o uso do medicamento no tratamento da obesidade até o final de 2025, o que pode impactar significativamente o mercado de tratamentos para obesidade, avaliado em mais de US$ 150 bilhões por ano.
A pílula contra obesidade da Eli Lilly tem mostrado resultados animadores em estudos recentes, fazendo com que suas ações subissem 11% no pré-mercado. O medicamento, chamado orforglipron, promete ser uma alternativa eficaz às injeções como Ozempic, que são amplamente utilizadas no tratamento de diabetes tipo 2 e perda de peso. Neste artigo, vamos explorar os detalhes desse estudo e o impacto que ele pode ter no mercado.
Resultados do estudo com a pílula
No estudo realizado com a pílula contra obesidade da Eli Lilly, conhecida como orforglipron, os resultados foram bastante promissores. Os pacientes com diabetes tipo 2 que participaram do ensaio clínico conseguiram perder, em média, 7,9% do peso corporal, o que equivale a cerca de 7,3 kg, após 40 semanas de tratamento com a dose mais alta da pílula.
Essa redução de peso se mostrou superior à alcançada por pacientes que utilizaram o Ozempic, medicamento injetável da rival Novo Nordisk, onde a perda média gira em torno de 6%. Além disso, a orforglipron também demonstrou eficácia na redução da glicemia, alcançando uma diminuição de até 1,6%. Porém, esse resultado ficou abaixo das expectativas iniciais, que projetavam uma redução maior.
Comparação com Ozempic e Novo Nordisk
A pílula orforglipron da Eli Lilly foi comparada a injeções populares da classe GLP-1, especificamente ao Ozempic, que é amplamente utilizado no tratamento de diabetes tipo 2 e emagrecimento.
Enquanto a orforglipron mostrou uma perda média de 7,9% do peso corporal nos pacientes, o Ozempic apresentou uma perda média de cerca de 6% em pacientes diabéticos.
Essa comparação é significativa, pois indica que a Eli Lilly pode ter desenvolvido uma alternativa oral que não só é eficaz, mas que também pode oferecer aos pacientes uma opção menos invasiva em relação às injeções.
O mercado para esses tratamentos é vasto, avaliado em mais de US$ 150 bilhões por ano, e a possibilidade de uma pílula que rivalize com injeções como o Ozempic pode transformar a dinâmica competitiva entre as empresas farmacêuticas.
Expectativas futuras e impacto no mercado
As expectativas em torno da pílula orforglipron da Eli Lilly são bastante otimistas. David Ricks, CEO da empresa, expressou confiança no potencial do medicamento, afirmando que os resultados positivos do estudo reforçam a visão de que a pílula pode se tornar uma opção viável para o tratamento da obesidade. A Eli Lilly planeja apresentar novos dados ao longo do ano e solicitar a aprovação regulatória para o uso do medicamento no tratamento da obesidade até o final de 2025, com um possível lançamento previsto para 2026.
A resposta imediata do mercado foi bastante positiva, com as ações da Eli Lilly subindo 10,9% no pré-mercado após a divulgação dos resultados. Em contraste, as ações da Novo Nordisk, que produz o Ozempic, caíram 4,6%. Essa mudança no comportamento do mercado indica que os investidores estão reagindo de forma favorável às inovações da Eli Lilly, o que pode impactar significativamente a competitividade entre as duas empresas no futuro.